sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A saúde publica cearense é lamentável

Artigo de opinião
Estagiária: Joyce Marçal
O sistema público de saúde do estado do Ceará é deplorável, os cidadãos cearenses passam meses esperando para conseguir uma consulta médica em hospitais públicos, além da descriminação existente nos hospitais particulares, devido o atendimento ser feito pelo SUS, os pacientes são atendidos pela “porta dos fundos”.
Quinta-feira passada, às 7 horas da manhã, eu fui me consultar em uma clínica de oftalmologia que minha mãe indicou, a consulta era 30 reais, um preço barato comparado a uma consulta particular. Ao chegar a clinica, falei com a atendente que me informou que eu seria atendida na sala que fica atrás da clínica.
Chegando ao lugar indicado, vi que a maioria dos pacientes era de idosos, e percebi que eles eram atendidos pelo SUS. Fiquei esperando três horas, para ser atendida, e na sala de espera, algumas pessoas começaram a comentar o quanto era difícil conseguir uma consulta pelo sistema público de saúde. 

Uma senhora me falou, que uma vez teve que chamar um programa de televisão para sua mãe ser atendida, pois ela estava com dores no coração, e os atendentes alegaram não ter médicos pra atendê-la.
Fui atendida às 10 horas, eram alunos de oftalmologia que atendiam os pacientes, a sala de consulta era uma só para cada 5 pacientes, nos casos graves os oftalmologistas davam uma espécie de aula para os estudantes, eu me senti uma cobaia.
Essa experiência pra mim foi muito importante, porque só sabemos realmente como são determinadas situações quando passamos por elas. Veio-me uma reflexão, nosso país é a 8° economia do mundo, e ainda nos deparamos com problemas básicos, como o da saúde de nosso povo.  

A importância da informação para conscientizar a população

Artigo de opinião
estagiário: Hugo Pessoa
Existe um dito popular de que o povo brasileiro tem memória curta quando o assunto é política, mas o fato é que não se pode esquecer aquilo que nunca soube. O número de pessoas que, por diversos motivos, não acompanham as notícias, é alto o bastante para causar um impacto devastador, segundo dados do IVC( Instituto Verificador de Circulação), o número de leitores de jornais em 2009 é 4,8%  menor em relação ao mesmo período no ano de 2008.


Quanto menos uma notícia é lida, menor é seu impacto,  mas felizmente existem aqueles que não deixam as palavras perderem o poder de comunicar. O acesso aos jornais pela internet serviu para aumentar o número de leitores, porém, o uso da tecnologia ainda é um sonho para muitos brasileiros. O TSE fez uma pesquisa com 2 mil pessoas em 24 estados nas 5 regiões do país para identificar qual o veículo de comunicação é mais usado pelo brasileiro na busca por informações, a internet foi citada por 9,9% dos entrevistados, vencendo o jornal impresso que foi lembrado por 6,4%, mas o meio de comunicação campeão foi a TV com 56,6%, o que leva ao questionamento de até que ponto esse meio realmente é o mais adequado para conscientizar a população.

 A realidade econômica de muitos brasileiros dificulta o acesso à informação, o salário mínimo, de R$ 510 reais, é insuficiente para a compra diária de jornais, pois o trabalhador precisa pagar as contas mais básicas como, por exemplo, as de alimentação, água e luz.

No dia 14 de Janeiro, o Diário do Nordeste trouxe uma notícia informando que o site Congresso em Foco fez um levantamento revelando os deputados federais que mais faltaram às sessões da câmara. Ciro Gomes, que foi proporcionalmente o mais votado com 667.737 votos, ficou em quarto lugar. Foram 188 faltas, com 147 justificadas e 41 sem justificativa. Em seus quatro anos de mandato, Ciro Gomes “não apresentou nenhum projeto de lei ou proposta de emenda constitucional”, conforme informou a matéria.

As barreiras que afastam o povo brasileiro do acesso à informação fazem com que pesquisas como essa, importantíssimas para servir de base no momento de escolher um candidato para ocupar um cargo político, sejam “esquecidas”, fazendo com que muitos políticos incompetentes consigam se reeleger.

Dada a importância da informação, os governos deveriam fornecer ao trabalhador, além da cesta básica e do vale transporte, algum tipo de vale jornal, garantindo a liberdade do trabalhador comprar o jornal que quiser.