Estagiária: Verussa Ribeiro
Esses dias eu comecei a refletir sobre amizade em época de
eleição e simplesmente não cheguei a uma conclusão. Em período eleitoral os
ânimos ficam agitados e as discussões e brigas passam do habitual e do
tolerável para brigas campais.
Já presenciei pedras voando, xingamentos e pessoas que
chegam “às vias de fato” por terem candidatos diferentes.
Me pergunto: Se eu tenho o direito de votar porque eu não
tenho o direito de escolher o meu candidato?
Na verdade o que me chama atenção nessas confusões é que
partem de pessoas que cresceram juntas, são amizades de quase meio século, são
parentes, padrinhos e madrinhas, são parceiros de baralho, de bar... De vida.
Democracia existe para que o povo possa tomar decisões junto
com seus iguais, é assim que o país deveria funcionar. Pensar no coletivo,
pensar na sua cidade, pensar nos seus iguais, mas não é isso que acontece.
O egoísmo eleitoral já não é apenas do candidato, mas também
é daqueles que passarão a trabalhar para ele e com ele.
Há pessoas que pensam em “aproveitar”os lucros que os quatro
anos de mandato possam vir a lhe trazer e o pensamento de ajudar o próximo passa
a ser segundo plano, passa despercebido.
Na verdade nem os próprios candidatos diferenciam suas
amizades. Existem coligações e a sua oposição poderá ser seu parceiro futuro.
E como fica o eleitor que brigou com seu amigo que votou
naquela oposição? Vai se coligar também? Vai sentar e conversar sobre benefícios
futuros? E onde vão jogar baralho? Pra onde levarão seus afilhados? E cadê a
amizade? Onde foi parar essa amizade?
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